Garotas também sabem programar


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Reflexões
2 comentários

Onde estão as mulheres nos cursos de informática? 🙆

Hoje em dia, a maioria dos estudantes nos cursos de informática são homens, mas nem sempre foi assim. Lá no início, nas décadas de 70/80, havia mais mulheres do que homens nas turmas de informática, já que essa era uma carreira derivada da matemática, curso de maioria feminina, e os computadores eram utilizados para realizar cálculos e processar dados, funções comumente associadas às secretárias da época.

Quatro das primeiras programadoras da Universidade da Pensilvânia segurando partes do ENIAC, precursor dos computadores modernos.
Primeiras programadoras da Universidade da Pensilvânia com o ENIAC, precursor dos computadores modernos.

Agora, se inicialmente nós mulheres éramos a maioria na área da informática, o que nos fez voltar atrás?

Alguns acham que, na época, a divulgação dos produtos de informática foi voltada para o público masculino, outros que os meninos foram incentivados a interagir com as máquinas através de jogos eletrônicos ou que simplesmente até hoje as mulheres não são encorajadas a investir na área de exatas.

Independente do motivo, um estereótipo do programador como figura masculina foi criado e as mulheres, por não se encaixarem, acabam ouvindo comentários desmotivantes e têm que provar repetidas vezes que são capazes de programar. O preconceito, que cria ambientes adversos à presença feminina na computação, é com certeza um fator que contribui para nossa hoje tímida presença no setor.

Apresentador do programa The Daily Show, Trevor Noah, diz que foram as mulheres que entraram na computação.
Apresentador do programa The Daily Show, Trevor Noah, pergunta a Saujani, advogada e política americana fundadora da organização sem fins lucrativos Girls Who Code, o que aconteceu ao longo do tempo, como todas as mulheres saíram disso?
Saujani responde que foi por causa da cultura.
Saujani diz que nos anos 80, 37% dos graduados em Ciência da Computação eram mulheres.
Saujani diz que hoje, 18% dos graduados em Ciência da Computação são mulheres.
Saujani diz que se você pensa nos anos 80, Weird Science, Revenge of the Nerds, hoje é Silicon Valley da HBO.
Saujani diz que nós promovemos o mito do brogrammer, aquele programador masculino descolado, a antítese do nerd.
Saujani diz que menininhas olham para este estereótipo e não se identificam.
Saujani diz que você não pode ser aquilo que não pode ver.
Programa The Daily Show com Trevor Noah e sua convidada Saujani, advogada e política americana fundadora da organização sem fins lucrativos Girls Who Code.

A solução para este problema, que é um reflexo dos nossos estereótipos culturais, é justamente mudarmos nossa mentalidade e nosso comportamento, construindo ambientes favoráveis à igualdade entre homens e mulheres. Este é um deles. Seja bem vindx ao meu blog! Aqui botamos nossas mentes para funcionar ou pelo menos tentamos. 🙂

Referências

2 Comentários

  • Beatriz do Vale
    em
    2019-04-25 às 11:41

    Conteúdo super bacana Dani!
    E é muito importante que façamos parte da geração com a cultura inclusiva, uma geração que possua os valores homogêneos independente do gênero.
    Além de expressarmos nossas críticas e convicções afim de um mundo com menos desigualdade!

    • Daniela Maksoud
      em
      2019-04-27 às 19:49

      Oi, amiga!
      Obrigada pelo elogio e por me apoiar sempre. Você é demais! <3
      Precisamos mesmo enfrentar os preconceitos e promover a igualdade! \o/

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